quinta-feira, fevereiro 24, 2005

Perfume

Por momentos sinto amargura...
Desejos não realizados, apertos.
Sei que te tenho, que te amo.
Sinto-me grande demais,
Para por vezes passar pelos pequenos obstáculos da vida.
A tua presença inibe-me.
Deixa-me a flutuar num mar de emoções,
Que, enclausurado no meu mundo,
Não me permitem pensar.
Deito-me com o testemunho do teu amor,
O perfume que se vai desvanecendo...
Enquanto as horas passam.
Perfume esse que gostaria de sentir sempre a meu lado,
Vinte e quatro horas por dia.
Um perfume que pudesse tocar, beijar...
Amar!
Porém, apenas por breves momentos o guardo,
Eclipsando-se por entre os dedos,
Sucumbindo a uma distância que me mata...
Para amanhã ser novamente meu.

1 comentário:

Catarina disse...

olá Mário! No geral gosto imenso da forma como te expressas...mas escolhi este poema para te dar os parabéns. está sublime e transpira sensibilidade...continua :)*