quarta-feira, dezembro 14, 2011

Quote

Purifica o teu coração antes de permitires que o amor entre nele, pois até o mel mais doce azeda num recipiente sujo.


Pitágoras

quarta-feira, novembro 23, 2011

O Leão e o Porco

O rei dos animais, o rugidor leão, 
Com o porco engraçou, não sei por que razão. 
Quis empregá-lo bem para tirar-lhe a sorna 
(A quem torpe nasceu nenhum enfeite adorna): 
Deu-lhe alta dignidade, e rendas competentes, 
Poder de despachar os brutos pretendentes, 
De reprimir os maus, fazer aos bons justiça, 
E assim cuidou vencer-lhe a natural preguiça; 
Mas em vão, porque o porco é bom só para assar, 
E a sua ocupação dormir, comer, fossar. 
Notando-lhe a ignorância, o desmazelo, a incúria, 
Soltavam contra ele injúria sobre injúria 
Os outros animais, dizendo-lhe com ira: 
«Ora o que o berço dá, somente a cova o tira!» 
E ele, apenas grunhindo a vilipêndios tais, 
Ficava muito enxuto. Atenção nisto, ó pais! 
Dos filhos para o génio olhai com madureza; 
Não há poder algum que mude a natureza: 
Um porco há-de ser porco, inda que o rei dos bichos 
O faça cortesão pelos seus vãos caprichos. 


Bocage, in 'Fábulas'

quinta-feira, outubro 27, 2011

Rain

Finalmente chuva.
Maravilhosa chuva...
Que tanta vida trazes,
Que tanto sofrimento apagas destas calçadas!

Eterna chuva...
Que melodioso gotejar,
Quão fresca e jovial sois.

; )

O vazio que se sete na ausência de alguém querido apenas serve para relembrar o incrível espaço que essa mesma pessoa ocupa no nosso coração. Valorizar quem s ama apenas nos torna mais ágeis para receber o conforto do seu reencontro.

E haverá algo mais delicioso?

segunda-feira, outubro 17, 2011

Quote

“Um homem pode falhar muitas vezes, mas só é um falhado se começar a culpar outras pessoas.”


John Burroughs

terça-feira, outubro 04, 2011

Life

A vida é algo de belo que nos é atribuído em formato de bênção. Desde o momento em que vimos ao Mundo, temos pela frente um inumerável leque de opções para mudar as nossas vidas, a dos outros e quem sabe o pequeno ponto no Universo a que chamamos Terra.
Saber aproveitar a vida reside apenas em manter a mais recta conduta, respeitando-nos e aos outros nas nossas decisões, vendo a felicidade como um caminho alcançável , se bem que com muito trabalho e amor.
Virar as costas a estes dois pontos tão fulcrais conduz invariavelmente a uma presença triste, monótona e inglória para a nossa alma, o que por sua vez se traduz numa peculiarmente enfadonha forma de viver.
Lembrem-se que apenas temos uma oportunidade, por isso vivam-na da forma mais positiva possível.

No culminar de tudo, se é que existe um flashback de memórias, dormirão o eterno sono com um rasgado sorriso nos lábios.

domingo, outubro 02, 2011

So true...

“Everybody is a genius. But if you judge a fish by its ability to climb a tree, it will live its whole life believing that it is stupid.”
― Albert Einstein

quinta-feira, setembro 22, 2011

Mistérios

É curioso ligar a televisão e ver um programa interessante sobre cosmologia (certamente uma das minhas áreas preferidas) falado em inglês (por um português) num dos mais assistidos canais de documentários das televisões por cabo. Curiosamente, este português nasceu na mesma cidade onde efectuei os meus estudos académicos (Évora) e, apesar das diferentes aptidões e escolhas académicas, ele encontra-se actualmente a trabalhar em Inglaterra, país onde também eu gostava de trabalhar.

Será que ainda para lá vou trabalhar?

domingo, setembro 11, 2011

sábado, agosto 20, 2011

É assim a vidinha...

Aos olhos de tamanha gente,
Por preconceito ou não,
Por mais que te esforces,
Pouco ou nenhum valor te dão...

Saúde!

sábado, maio 14, 2011

Lua

Faz tanto tempo que não te olho com olhos de ver...
Perco-me na imensidão deste mundo, e nada anseio ter.
No vazio do espaço, és luz e prazenteira companhia,
Reluzente e esbelta de noite, sempre delicada e escondida de dia.

Faz tanto tempo que não te olho com olhos de querer...
Nos mil raios nocturnos chorar, rir, me perder.
Quantas noites da minha humilde vida dediquei a tua devoção,
Por conforto, simpatia, ou por simples e profunda meditação.

Faz tanto tempo que não te olho com olhos de loucura...
Em alegria, tristeza ou em busca de um momento de ternura.
Olhar para ti, nesta deliciosa noite, de certo modo me apoquenta,
Sinto-me o eterno lutador, a quem as força se esgotaram e já não tenta.

Faz tanto tempo que não te olho com olhos de amar...
Não te sentir entristece-me, não me apetece mais lutar.
Sempre estiveste lá por mim e no fundo nunca te dei razão,
A tua força esteve sempre comigo, entrincheirada num cantinho do meu coração.

sábado, abril 30, 2011

Divagando...

- Uma pessoa dedicar-se a algo desesperadamente é o maior erro que pode existir. É basicamente o mesmo que não sentir dor e passar o dia inteiro a cravar-se de pregos... sempre com a esperança de sentir.

- A vida tem detalhes assombrosos. Um deles prende-se com o facto de todos vivermos basicamente o mesmo. Aquando da sua morte, uma pessoa calma e uma que passa a vida a correr apresentam uma experiência de vida (final) aproximadamente igual... A única diferença é que a pessoa que leva a sua vida com calma foi adquirindo a experiência num maior período de tempo.

- O nosso maior medo prende-se exactamente com o nosso maior desejo. E o curioso é que vamos passar o resto da nossa vida a por-lhe defeitos porque não temos a coragem necessária para o atingir.

segunda-feira, abril 25, 2011

A Liberdade

A Liberdade Guiando o Povo, de Delacroix, uma personificação da liberdade que, antigamente, era vista como resultado de batalhas e de imposição de vontades e justiças.
 
Liberdade, em filosofia, designa de uma maneira negativa, a ausência de submissão, de servidão e de determinação, isto é, ela qualifica a independência do ser humano. De maneira positiva, liberdade é a autonomia e a espontaneidade de um sujeito racional. Isto é, ela qualifica e constitui a condição dos comportamentos humanos voluntários.

Não se trata de um conceito abstrato. É necessário observar que filósofos como Sartre e Schopenhauer buscam, em seus escritos, atribuir esta qualidade ao ser humano livre. Não se trata de uma separação entre a liberdade e o homem, mas sim de uma sinergia entre ambos para a auto-afirmação do Ego e sua existência. E na equação entre Liberdade e Vontade, observa-se que o querer ser livre torna-se a força-motriz e, paradoxalmente, o instrumento para a liberação do homem.

terça-feira, abril 12, 2011

Mais tempo

Não necessito de mais tempo... porque o que tenho me chega bem.
Necessito é de energia e força de vontade
Para explorar o ror de tempo que o tempo tem.

Se em certas manhãs ele corre desenfreado,
Tal gazela assim não se parece,
Quando noutros momentos se apresenta parado,
E os mais acelerados maltrata, enlouquece.

Hoje é um desses terríveis dias,
Em que vinte minutos me parecem uma hora,
Amanhã estará tudo do avesso,
E tudo o que é bom passa sem demora.

sábado, março 26, 2011

Short Story - Capsules (hipotéticos excertos de...)

 "...e sou confrontado frequentemente com a rubrica "Filmes da infância" em conversas de amigos. Faço um esforço por acompanhar a ideia, não sendo de todo leigo em termos de filmo-grafia infantil dos anos 60... 70... 80. Conheço os títulos e a ideia central, mas desconheço totalmente as voltas todas que os seus criadores decidiram meter pelo meio. Em boa verdade, consigo manter a conversa em circulação desde que suficientemente sucinta e superficial, saltando de filme para filme à cadência constante do melhor zapping. Assusta-me porem o facto de, por vezes, ficar-se alguns minutos a aprofundar uma longa metragem... com todos os seus pormenores, cores e falas. Aí sinto-me de fora e quando confrontado com a pergunta "Então mas tu nunca viste este filme?" não me resta nada mais do que um redondo e honesto "Não!"...

...chegam a dizer que nunca tive infância....

...a minha vida simplesmente não o permitiu. Ser enclausurado dentro de cápsulas, amarrado até à quinta casa e ver o teu cérebro ligado a máquinas que tentam abrir caminho até à origem da imaginação... não é propriamente um filme tão bonito e meigo quanto o Bambi. Sou uma daquelas criaturas bizarras que ocupam os recantos obscuros do mundo, aquelas mesmas criaturas que todos sabemos que existem mas que ninguém tem a coragem para admitir...

...têm os olhos trocados com tanta mentira...

...vivo entre humanos, fui criado por humanos, fui explorado por humanos... mas agora estou escondido. haha! Desde que consumei a minha fuga que a paz tem reinado na minha mente. Encontrei amigos... esses mesmos amigos que me acusam de não ter tido infância... mas são bons amigos. Simplesmente desconhecem que nem todos têm uma vida pacata durante o seu crescimento... que nem todos puderam tocar as flores ou brincar com as aranhas e as osgas... que todos os arrepios de alegria que percorriam o meu corpo eram gerados por eléctrodos, quando mos retiravam no final de mais um dia de exploração...

...não lhes dei nada. A sua busca, ao final de tantos anos foi infrutífera! haha! Sim, enquanto muitos brincavam com bonecas e carrinhos, uns poucos combatiam arduamente para impedir a queda do império...

...saudades. Não me ofendo com os amigos de hoje. Aliás, estimo a sua simplicidade e inocência. É giro falar de imaginação como um dos seus guardiões... sem eles se aperceberem da sua presença. E curiosamente, esses mesmos amigos que me acusam de não ter infância são os mesmos que sem saber abrem as suas portas a todos os refugiados das minhas batalhas de criança. Silenciosamente, Trolls, Elfos, Duendes, Dragões, alguns Anões carrancudos e muitos outros alojam-se nas suas mentes... prosperando... dando azo à sobrevivência de toda uma nação. E quem sabe daqui a uns anos, os filhos de todos estes refugiados não transitem para as mentes da descendência dos meus amigos...

...que cumpri parte da minha missão...

...se não tive infância? Tive... mas tive-a de um modo especial, para que os vossos filhos também pudessem desfrutar dela!"

quinta-feira, março 03, 2011

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

Snakes and Ladders

Faz-se isto, faz-se aquilo... umas coisas boas, outras decididamente desacertadas. Conta-se, esconde-se... mas eventualmente tudo se descobre, e sofremos ao pensar que valia mais não esconder. Doí porque sim, mas também doí porque não e voltamos à velha questão de ser preso por ter e por não ter cão.

São as duas faces da mesma moeda, que atirada ao ar num dado momento, acabam sempre por conduzir ao mesmo destino. E independentemente de nada havermos feito pela moral da sociedade, cometemos um dos seus maiores pecados ao encobrir o vazio... o problema que nunca lá esteve... aquelas dezenas de milhar de sinapses que criaram o caos onde este nem sequer tinha espaço para existir.

Se cada passo dado em direcção à confiança e à aceitação pode demorar uma eternidade, cada parvalheira faz-nos perder anos de dedicação, esforço e envolvimento. Em certos aspectos, apesar de muito geral, a vida faz-me lembrar aquele jogo com o nome "Snakes and Laders"... em que cada escada que apanhamos nos faz avançar 4 a 5 casas no tabuleiro de jogo, ao contrário das cobras que nos atiram umas boas 15 casas para trás. O mais frustrante deste jogo, e de certos aspectos da vida, é que mesmo no final do jogo, exactamente uma casa antes de chegarmos ao nosso destino, glória, vitória, culminar de toda uma penosa caminhada, temos a maior cobra de todas... aquela que nos pode colocar novamente na casa de partida! Ultrapassar ou não essa casa depende de um lançamento de dados que não aceita excessos e em que geralmente as probabilidades estão monstruosamente contra nós.
 
Saber chegar a bom porto requer grande empenho... e primordialmente correcção. Saber atingir a casa 60 é não dar motivos ao dado da vida para rolar mais do que o necessário, para não cairmos de tanto balanço... nem rolar pouco, deixando-nos estáticos num mundo tão dinâmico, à mercê da cobra que bem conhece o caminho para a casa de valor 0. Saber ganhar é ter as ferramentas, é ter a matéria prima, e com uma rudimentar pedra, construir um majestoso palácio. Saber viver, é aceitar que o castelo é de simples pedra.

E nada mais.

quinta-feira, fevereiro 03, 2011

Imogen Heap - Canvas



Canvas

Slow hard
Dog wait
Down love
Black canvas
Revolve within
You understand.

Fragile
Earth where
Cracks in the temperature
Keep it cool
To give, you understand
Keep it cool
To give, you understand

Slow hard
Dog wait
Down love
Black canvas
Revolve within
You understand.

Fragile
Earth where
Cracks in the temperature
Keep it cool,
To give, you understand

'Cuz I just can't find the strength to pull you up
And keep you taut
No I just can't find the strength to hold you up
And keep you taut

Hijacked
Lost track
Light fades another day left
Long shadows lure you in.

The more you lose the less you see,
So close your eyes and start to breathe,
Oh you said yourself, this wasn't easy.

Oh you said yourself, this wasn't easy.

Oh I just can't find the strength to pull you up
And keep you taut.
No I, just can't find the strength to hold you up
And keep you taut.

Woah woah woah woah woah
Woah woah woah woah woah
Woah Waoh woah woah woah Woah
Da da da
Woah woah woah woah woah
Woah woah woah woah woah
Woah woah woah waoh waoh woah
Dada da da

'Cuz I just can't find the strength.
To Keep you taut.


Espero que gostem desta musica tanto quanto eu... É certo que haverá muito boa gente que já conhece Imogen Heap à bastante tempo, mas para mim, estrearam-se esta semana. E é delicioso.

Bons Sons!

segunda-feira, janeiro 31, 2011

River...


Tudo tem o seu término. Faz parte da vida chegar a bom porto, mesmo que cedo... mas chegar. Esse é o objectivo base da vida! Não é o dinheiro, ou as propriedades ou até mesmo a quantidade de pessoas em que mandamos... é a alegria do caminho que nos leva ao final da nossa vida. Que se lixe o material, que se lixe a mesquinhez... Porque no rio que é o nosso inicio de vida, e agora no delta que é a nossa adolescência, maturidade e velhice, repleto de troços que reflectem as nossas escolhas, eu navego em barca simples. Viajo vagaroso mas faço as minhas escolhas. Remo para um lado ou para outro mas nunca contra a corrente. Por vezes balouço e quase encalho nos obstáculos da vida... mas continuo sereno. Não me apresso porque a vida tem o seu tempo certo, e o seu mecanismo jamais deu a hora errada. Deleito-me com a paisagem, com todas as possíveis escolhas que não sigo. Não me arrependo das minhas escolhas e sei que quando a minha vida terminar, quando o barco que é o meu corpo atingir o vasto oceano, dando por terminada toda a minha jornada, olharei para trás nos últimos momentos e deliciar-me-ei com todo o meu trajecto... e que viagem eu fiz!

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Boost!

Já não me lembro da ultima vez em que me embrenhei com vontade nas palavras. Não que tenha feito qualquer tipo de voto de castidade escrita... nem de todo me arreliei com as mesmas. Simplesmente não tive o discernimento de olhar para uma folha vazia e criar algo. Creio que é assim para toda a gente mas custa ter blocos em branco e não visualizar quais os caracteres que melhor comporão esta ou aquela poesia... é ter os blocos e não saber construir pirâmides!

Vá lá que, com algum esforço, lá se vão desenrolando estas linhas ténues e sensaboronas. Lá vai saindo uma ou outra coisa acertada... ou não. Como tudo na vida, há momentos cheios de alegria e criatividade, outros mais desinteressantes e de verdadeiro tédio mental.

Espero que as rodas dentadas contidas na minha caixa craniana tenham o óleo necessário para voltarem a rodar. É que já sinto saudades de me espantar com o que este cérebro recitava. Não sou narcisista... simplesmente acho que uma ou outra coisa realmente tem valor.

Cumprimentos,

MRC