segunda-feira, janeiro 31, 2011

River...


Tudo tem o seu término. Faz parte da vida chegar a bom porto, mesmo que cedo... mas chegar. Esse é o objectivo base da vida! Não é o dinheiro, ou as propriedades ou até mesmo a quantidade de pessoas em que mandamos... é a alegria do caminho que nos leva ao final da nossa vida. Que se lixe o material, que se lixe a mesquinhez... Porque no rio que é o nosso inicio de vida, e agora no delta que é a nossa adolescência, maturidade e velhice, repleto de troços que reflectem as nossas escolhas, eu navego em barca simples. Viajo vagaroso mas faço as minhas escolhas. Remo para um lado ou para outro mas nunca contra a corrente. Por vezes balouço e quase encalho nos obstáculos da vida... mas continuo sereno. Não me apresso porque a vida tem o seu tempo certo, e o seu mecanismo jamais deu a hora errada. Deleito-me com a paisagem, com todas as possíveis escolhas que não sigo. Não me arrependo das minhas escolhas e sei que quando a minha vida terminar, quando o barco que é o meu corpo atingir o vasto oceano, dando por terminada toda a minha jornada, olharei para trás nos últimos momentos e deliciar-me-ei com todo o meu trajecto... e que viagem eu fiz!

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Boost!

Já não me lembro da ultima vez em que me embrenhei com vontade nas palavras. Não que tenha feito qualquer tipo de voto de castidade escrita... nem de todo me arreliei com as mesmas. Simplesmente não tive o discernimento de olhar para uma folha vazia e criar algo. Creio que é assim para toda a gente mas custa ter blocos em branco e não visualizar quais os caracteres que melhor comporão esta ou aquela poesia... é ter os blocos e não saber construir pirâmides!

Vá lá que, com algum esforço, lá se vão desenrolando estas linhas ténues e sensaboronas. Lá vai saindo uma ou outra coisa acertada... ou não. Como tudo na vida, há momentos cheios de alegria e criatividade, outros mais desinteressantes e de verdadeiro tédio mental.

Espero que as rodas dentadas contidas na minha caixa craniana tenham o óleo necessário para voltarem a rodar. É que já sinto saudades de me espantar com o que este cérebro recitava. Não sou narcisista... simplesmente acho que uma ou outra coisa realmente tem valor.

Cumprimentos,

MRC