quarta-feira, janeiro 27, 2010

Aparência

Vivemos num mundo aparente, onde as pessoas se movem pela aparência.
Exceptuando alguns elementos da sociedade, todos querem ser aquilo que não são, lutam por coisas que não necessitam, buscam tesouros que não lhes pertencem. Hoje em dia, quando se olha para alguém, vê-se apenas uma casca oca, sem essência que a preencha, essência essa que se perdeu algures na infância, quando nos disseram que deviamos ser algo aos olhos de alguém, e não aos nossos olhos. Crescemos com a ideia que somos o que queremos, e apenas quando chegamos a mais velhos é que batemos na parede da realidade... percebemos que a felicidade seguiu um outro caminho que não o nosso, o caminho da inocência, o caminho da verdade. De que nos vale ser algo aos olhos de alguém, se não reconhecemos o rosto que se espelha quando nos debruçamos sobre um lago? Qual o objectivo de não sermos justos com nós próprios? Que piada tem viver num eterno Carnaval veneziano?
Prezo aqueles que me falam dos seus problemas abertamente. Prezo os que não têm maldade no coração. Prezo os que se preocupam em ajudar o próximo ao invés de apenas se ajudarem a si. Prezo aqueles que não se escondem por detrás de mascaras, que são "um" sempre. Porque esses mesmos que eu prezo, são a luz que ilumina o caminho que eu quero seguir... demonstrando a rara beleza que ainda se pode encontrar em alguns seres humanos.

quinta-feira, janeiro 14, 2010

1º Post de MMX

Sei que a edição de um post de ano novo deveria ficar situada entre a meia noite do dia que o começa e as vinte e três horas e cinquenta e nove minutos desse mesmo dia, mas cada um tem as suas limitações temporais, algo que o meu atraso certamente acusa. Não me encontro muito inspirado neste novo ano, talvez por falta de treino ou por simplesmente não ter dedicado o devido tempo às palavras que ecoam na pequena caixa. Compreendo que não seja aceitável uma tamanha falta de empenho numa área que me é deveras familiar, mas todas as coisas têm as suas razões, apesar de por vezes não conseguirmos ver o plano maior.

Apesar da falta de originalidade, tenho andado a reler os meus blogs numa tentativa de compreender a evolução natural da minha mente. Numa dessas incursões nostálgicas, deparei-me com algum trabalho que me pareceu desadequado ao blog em que se encontra. Assim, decidi reeditar essas mesmas palavras neste blog, certamente o mais acertado local onde elas devem repousar. Os três pensamentos que se seguem foram publicados no dia XXVI de Dezembro de MMVI num blog por alguns de vós conhecido: Shurikata na Linha.

Desejos de boa leitura e reflexão.

#1

Deprimente é o mundo em que vivemos... fome, miséria, destruição. E quem são os culpados? Gente estúpida!!! Pessoas que não sabem utilizar aquilo que têm senão para o mal. O cromo do Bush, Os extremistas, os corruptos, os ladrões, os invejosos. Será assim tão difícil viver em harmonia com o próximo? Não nos cabe a nós o direito a ser felizes? Tanta coisa que vejo… tanto cinismo e traição… tanto sofrimento e silêncio. Valerá isso, uma vida? Não seremos nós dignos do reino dos céus?

#2

Os dons são coisas maravilhosas. São o continuar de uma vida… uma transcendência, mas também uma maldição. Se há motivo para o Homem não ter vida eterna, é certamente o de não tolerarmos a morte dos que nos são próximos. A não compreensão do seu desaparecimento seria motivo de desejo do estado que procede a vida. Mas e se o dom não for esse? E se fossemos capazes de ler todas as almas?

#3

Apenas desejo a felicidade… nada mais! Não quero dinheiro, terras… apenas o sorriso até ao fim da minha vida. E a alegria de saber que a encontrei!

Saudações,

Shuri Kata