quarta-feira, abril 20, 2005

# 3

Minhas palavras jamais serão escritas.
Jamais serão aceites por aqueles que amo.
Porque grande é aquele que é puro de espirito,
Aquele capaz de se elevar acima do comum mortal,
Não deixando de respeitar a mais pequena criatura.
Comparativamente... sou muito pequeno.
Pequeno porque, estupidamente, firo...
Porque acredito em valores que não sigo;
Porque desprezo quem me dá realmente valor.
Que crédito pode ter uma pessoa assim?
Arrependo-me de simplesmente o ter pensado.
Mais amargamente de o ter feito.
Mas novamente, de que servem as palavras,
Se num momento deveras triste,
Te dei todas as razões para não confiares nelas?

domingo, abril 17, 2005

# 2

Derreto-te pelo caminho,
Alimento este velho luar...
Sinto o agradável aroma, sozinho,
Não tenho com quem o partilhar.

E agradeço a quem me viu,
Longe, num mundo distante.
Sendo o agasalho tão frio,
E a chuva... ofegante.

Divago por momentos...
Talvez para te encontrar,
Olho a roda dos tempos,
Sinto que a noite vai acabar.

Navegante fantasista,
Criador de tamanha alegria...
Resistente, há ainda quem assista,
Ao acordar de um novo dia.

quarta-feira, abril 06, 2005

# 1

Momentos de divagação...
Evasão mental...
Pura alucinação,
Insanidade experimental.

Doença incutida,
Quarto sem iluminação.
Batata mal cozida...
Tal como a cenoura e o macarrão.

Dois passos para a frente,
Sigo em queda para trás.
O povo não sente,
O rei não faz.