Que pátria esta errante, que tristemente caminha para o futuro,
Da perfeição foste perdendo tudo, quão mal esculpido diamante,
Sois obra de arte pouco amada, desmembrada, deambulante.
Um povo grande e maduro, que infantilmente se comporta,
Em cada passagem segura, ergue-se agora um imenso muro,
Se um dia fostes grande, tombada estais agora... quase morta.
De costa voltadas a quem te ama, buscais afecto e atenção,
Por tortuosos caminhos penais, tamanha a altura desta lama,
Sois arrastada para o abismo por quem quererdes que vos estende a mão.
Lembrai-vos do vosso belo passado minha pátria errante,
No que homens comuns fizeram, das nossas lutas travadas com agrado,
E olhai novamente para todos nós, como um povo por ti amado.
Eis mais um belo dia, como sol no alto brilha,
Dos pássaros lá fora, ressoa outra alegre melodia,
Tudo no mundo muda, mas já nada é como ontem via.
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