sexta-feira, dezembro 30, 2005

2º Capítulo - Negociações falhadas

O sol cresce no horizonte... Yusuf aguarda que ele suba um pouco mais para também ele servir de arma. Para espanto de muitos, a cavalaria abandona o acampamento ainda cedo. De que servem espadas contra as muralhas da praça-forte? Sente-se a inquietação por entre os soldados. Sem cavalaria, estão limitados a ataques lentos e morosos, que eventualmente custarão muitas vidas. Morde-se mais um pedaço de pão, e bebem-se as últimas gotas de chá enquanto o tempo custa a passar. Com os trebuchets ainda inacabados, somente o ataque directo é opção. Sem aviso, abre-se o grande portão de Ceuta saindo dele centenas de soldados almorávidas. Apercebendo-se da ausência da cavalaria almóada, os defensores ganharam a confiança necessária para sair da sua toca e travar batalha a céu aberto. Como peças de xadrez, ambas as tropas se dispõem no campo de batalha. A adrenalina dispara enquanto se fitam nos olhos. Retesam-se os arcos, desembainham-se as cimitarras. Yusuf, escoltado pela sua própria tropa pessoal, negoceia com o general inimigo. O tempo passa bem devagar. O seu retorno traz consigo a frustração estampada no rosto. Ninguém odeia mais a ideia de um confronto desnecessário que Yusuf, mas a lógica deve ser posta de lado quando Alá requisita os nossos serviços. A sua cimitarra brilha esplendorosamente acima da sua cabeça como se o próprio espírito de Alá estivesse contido nela, ordenando o início do ataque da artilharia. Com o sol de frente, os almorávidas já começaram a sua marcha... Sombras gigantes atravessam o campo de batalha caindo pesada e imprevisivelmente sobre as fileiras almorávidas. Juntamente com as catapultas, centenas de flechas cortam o ar penetrando as leves armaduras de couro. De um lado e de outro, arqueiros apressam-se a lançar a morte sobre os soldados inimigos que cegamente correm para o confronto. Yusuf está em desvantagem de números mas ele bem que sabe disso. O chão começa a vibrar... Um barulho pesado faz tremer a mais branda alma. Como um trovão, uma centena de cavaleiros rasga a linha de arqueiros almorávidas. Um ténue sorriso é esboçado pelo rosto de Yusuf. Montando o seu corcel, vê no campo de batalha a reviravolta esperada. As unidades de soldados almorávidas estão sem o apoio dos seus arqueiros, esmagados e rechaçados pelos homens do general Al-Amiri. Na frente da batalha Yusuf e Salem, irmãos de armas, lutam lado a lado com as suas tropas, desmembrando a força inimiga como se o poder dos céus estivesse com eles, enquanto que Al-Amiri impede qualquer fuga almorávida para a cidade. A morte espalha-se pela areia... Com a queda do comandante almorávida, cessa a batalha. Os gritos de vitória ecoam nas muralhas. É possível vislumbrar o terror dos que nela se protegem da esmagadora ira de Yusuf. No ar paira a calma que antecede o cerco.

3 comentários:

Cuze disse...

grande nis... má nada, e vai o 2º capitulo a bombar o poder de Alá!!! está a ser construido um épico aqui neste blog, hein? epá, tá muito bom. Continua e vê se postas ai mais capitulos que eu quero acompanhar a saga de Yusuf... força aí meu, isto de escrever uma história, e 90% de transpiração e 10% de inspiração. não desistas. a malta tá cá pa ver pah!
fica benne, grande abraço[[]] PS: e ja agora bom ano!!

Anónimo disse...

Bom o ké k eu vou dizer...ehpa...siplesmente fantastiko...com apenas 2 capitulos ja me foste capaz e prender a historia...lolol...ka fiko a xpera dos proxims capitulos...ja agr desejote um bom ano..um abraço...Dárcio Sousa

Anónimo disse...

«Morde-se mais um pedaço de pão, e bebem-se as últimas gotas de chá enquanto o tempo custa a passar.» até nests pkenos pormnors pareç k tou no local.. a przenciar td.. é jtranho.. rotfl mas brutaaal!!=P
«Ninguém odeia mais a ideia de um confronto desnecessário que Yusuf, mas a lógica deve ser posta de lado quando Alá requisita os nossos serviços.» é imprcionant cm ha psoas k pensam acim.. é incrivel o k o ser humano faz em nome do seu deus!... sao td djculpas pa ambiçoes ridiculas.. fds.. «Os gritos de vitória ecoam nas muralhas.» «No ar paira a calma que antecede o cerco.» e acim s jkecem as morts.. kd s sent o sabor da vitoria..
bem mnino.. mt bem.. est capitulo tb tah mt bom.. =)
mal poço jprar pa ler o 3º.. rotfl =P kidding.. «é ja a sguir..»
* Jo *