Foi com profunda tristeza que te encontrei hoje, deitado no teu leito de morte. Não mais o grande amigo que muitas alegrias me deu, muitas bulhas comigo lutou... e com quem troquei algumas dentadas. Apenas um invólucro vazio e triste... sem uma pinga do fulgor que em tempos apresentaste. Carne, ossos, pelo... mas já não eras tu. Creio que é mesmo assim a lei da morte. Há um momento na vida em que ela chega e leva o melhor de cada um... a sua alma.
Completavas 12 anos amanhã companheiro... Espero que esses 12 anos tenham sido tão bons para ti como foram para quem contigo partilhou esta tua curta passagem pelo planeta. Resta-me o conforto de que os teus últimos dias não foram de qualquer sofrimento e que o negro cavaleiro te levou enquanto descansavas; que no fundo sabias que seria hoje o dia.
A ti camarada, tenho a agradecer o tempo que passamos juntos, as manias e dores de cabeça que me deste, e principalmente o conforto que proporcionavas sempre que eu chegava de viagem, quando me presenteavas com a tua presença ao portão, como se soubesses que estava prestes a chegar. Sempre pontual... meu bom amigo.
Bem hajas por me teres dado a oportunidade de partilhar este mundo contigo. Para mim foi um privilégio.
Descansa em paz Kazan. Estarás sempre aqui!
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