Vivemos num mundo aparente, onde as pessoas se movem pela aparência.
Exceptuando alguns elementos da sociedade, todos querem ser aquilo que não são, lutam por coisas que não necessitam, buscam tesouros que não lhes pertencem. Hoje em dia, quando se olha para alguém, vê-se apenas uma casca oca, sem essência que a preencha, essência essa que se perdeu algures na infância, quando nos disseram que deviamos ser algo aos olhos de alguém, e não aos nossos olhos. Crescemos com a ideia que somos o que queremos, e apenas quando chegamos a mais velhos é que batemos na parede da realidade... percebemos que a felicidade seguiu um outro caminho que não o nosso, o caminho da inocência, o caminho da verdade. De que nos vale ser algo aos olhos de alguém, se não reconhecemos o rosto que se espelha quando nos debruçamos sobre um lago? Qual o objectivo de não sermos justos com nós próprios? Que piada tem viver num eterno Carnaval veneziano?
Prezo aqueles que me falam dos seus problemas abertamente. Prezo os que não têm maldade no coração. Prezo os que se preocupam em ajudar o próximo ao invés de apenas se ajudarem a si. Prezo aqueles que não se escondem por detrás de mascaras, que são "um" sempre. Porque esses mesmos que eu prezo, são a luz que ilumina o caminho que eu quero seguir... demonstrando a rara beleza que ainda se pode encontrar em alguns seres humanos.
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