Voltamos a planear a hipotética defesa da cidade, apesar de em parte todos sabermos que é quase impossível resistir a um ataque tão devastador quanto aqueles que eram descritos nas lendas... Trata-se de dar a vida na esperança de impedir o avanço de um inimigo, sobre o qual não sabemos o que esperar. Após muita discussão, fazemos uma pausa no caos para descansar um pouco... saindo para a rua para sentir a refrescante brisa do final da tarde. Tudo parece tão calmo... mas eu sei tão bem tudo o que corre na cabeça das pessoas que passam! Sinto o medo e uma certa impassividade por parte de cada elemento desta cidade. Até as crianças estão sossegadas demais. Após uma breve pausa, voltamos para dentro para continuar a falar da defesa. Horas passam sem que se tirem conclusões concretas. Como se o cair da noite nos turvasse a mente ao mesmo tempo que o céu. Decidimos comer alguma coisa e ir para a cama. Talvez uma noite de sono nos meta a cabeça no devido lugar e, quem sabe, traga um pouco de discernimento a este tão desanimante assunto. Decido passar pelo quarto de Maria para me certificar de que estava bem... sei que estive ausente tempo demais no dia de hoje, e creio que lhe devo uma explicação. Como a noite, apresenta-se tranquila e relaxada, suavemente embalada pelo fresco que entra pela janela. Como dorme bem, tão pequena princesa! Decido deixa-la repousar... amanha falarei com ela. Deito-me ansioso! Acordo com um calafrio. Desloco-me à varanda e apercebo-me que ainda estava bastante escuro e as estrelas pouco se tinham deslocado. Olho o horizonte na esperança de encontrar a solução para os problemas que se avizinham. Coloco a mão no peito e sinto o amuleto quente... retiro-o e analiso-o calmamente. Cintila emanando uma ténue luz azul, tal estrela celestial. Dou uma mirada nas muralhas e nas ruas que se cruzam na praça. Nada vejo para além de uma ou outra luz balançante, de uma qualquer vela ou candeeiro de óleo aceso. Perscruto a minha mente em busca de alguma frase estranha como a do dia anterior. Está tudo estranhamente calmo! Volto para a cama na esperança de conseguir dormir. Quando volto a acordar, não é por iniciativa própria! Um guarda abana-me fortemente para me dar noticia da captura de um batedor inimigo. Levanto-me com um salto e visto-me à pressa. Escoltado, desço as escadas para me deparar com uma criatura cristalina e um tanto ou quanto assustadora. Fortemente amarrada, emite sons estranhos e imperceptíveis. Olhamos uns para os outros na esperança de encontrar algumas respostas... o vazio resume esta ultima noite. Sentamos-nos a observar aquela cintilante criatura. Afinal, de onde surgiram estes estranhos guerreiros?
quinta-feira, julho 12, 2007
18º Capitulo - Sem respostas
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